A gestão financeira é uma das áreas mais exigentes do dia-a-dia de uma empresa, e certamente a mais crítica para o seu sucesso. Nós identificámos os erros mais comuns – e como pode evitá-los.
1) Confundir finanças empresariais com finanças pessoais
As pequenas e médias empresas constituem 99.9% do tecido empresarial nacional. Tal significa que, frequentemente, estes negócios são geridos pelos donos, que podem ter alguma dificuldade em separar os recursos pessoais e empresariais.
Assim, para evitar esta tendência, cada empreendedor deve adotar e comprometer-se com uma prática chamada pró labore. Isto significa tão somente que o mesmo deve definir um salário fixo mensal razoável e estabilizar assim as retiradas de dinheiro da empresa.
2) Não desenvolver um plano financeiro claro
Um plano financeiro é a base para qualquer tomada de decisão numa empresa. De facto, é ele que reflete a atual saúde financeira do negócio face ao projetado e o seu futuro. O plano financeiro engloba o valor económico gerado pela empresa, as suas despesas, a dependência de fornecedores e clientes, entre muitos outros aspetos fundamentais.
Para assegurar que todas as decisões estão estrategicamente alinhadas, defina um plano financeiro que inclua uma previsão detalhada do fluxo de caixa, para que seja possível, a qualquer altura, perceber o progresso da empresa, planear o futuro e impulsionar o seu negócio!
3) Não saber calcular o preço de comercialização dos produtos e serviços
Estabelecer o preço de comercialização de produtos e serviços depende de vários fatores, internos e externos à empresa, nomeadamente valor de: produção ou aquisição, matéria-prima, impostos, armazenamento e transporte, mão-de-obra, tamanho do mercado, competidores, etc. Conhecer estes parâmetros é fundamental para perceber se o negócio está a ir no sentido certo ou se é necessário fazer ajustes!
A melhor forma de analisar esta informação é realizando uma análise do negócio (despesas variáveis, fixas e a margem de lucro), assim como do mercado. O ponto ótimo está no equilíbrio entre os dois – o que o mercado quer e o que a empresa pode oferecer!
4) Não registar as transações efetuadas na empresa
O registo de todas as transações efetuadas na empresa é fundamental à sua gestão e desempenho. Sem informações de vendas completas, é impossível acompanhar o alcance de metas, regularizar o negócio, planear e até mesmo identificar fraudes.
A empresa deve recorrer a um software de registo que permita sistematizar toda a informação sobre qualquer compra a ser realizada – desde o papel para impressão até às matérias-primas.
Este é também fundamental para controlar o stock – verificar os itens em falta ou parados, analisar custos de armazenamento, e agir em conformidade.
5) Não analisar o desempenho da empresa
Analisar periodicamente o desempenho da empresa com recurso a indicadores-chave como faturação, lucratividade, fundo de maneio, entre outros é crucial para perceber se a empresa está a ser bem-sucedida, e que aspetos podem ser ajustados para otimizar os seus resultados. Sem esta análise, a gestão e o planeamento estratégico perdem o potencial que poderiam ter.
Para realizar esta análise, defina os indicadores rigorosamente, utilize dados fidedignos e reais e recorra a técnicas analíticas padronizadas – desta forma, poderá realizar relatórios claros e objetivos, tomar decisões com base nos mesmos e compará-los ao longo do tempo, percebendo como está o negócio a evoluir.
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