O Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) será executado até 2026 e permitirá implementar um conjunto de reformas e de investimentos destinados a repor o crescimento económico, reforçando o objetivo de convergência com a Europa ao longo da próxima década.
O PRR assenta em três dimensões:
1) Resiliência
Esta dimensão concentra 67% dos investimentos e foca o desenvolvimento da saúde, da habitação, das respostas sociais, da cultura, do investimento empresarial inovador, das qualificações e competências, das infraestruturas, da floresta e da gestão hídrica.
No âmbito empresarial, pretende-se atingir os seguintes resultados:
– Contribuir para o aumento do valor das exportações de bens e serviços, tendo enfoque no aumento da balança tecnológica de pagamentos;
– Apoiar a criação de instrumentos financeiros de apoio às empresas, na pluralidade de fases em que se encontram, a fim de capitalizar e suportar a sua retoma económica;
– Apoiar a criação de 30.000 contratos de trabalho sem termo, visando dar resposta ágil e reforçada aos desempregados, em especial aos jovens ou ao sexo sub-representado na profissão e, simultaneamente, mitigar a segmentação do mercado de trabalho português;
– Criar 15.000 novos postos de trabalho qualificado com as agendas mobilizadoras, em associação com o aumento da despesa em I&D para pelo menos 2% do PIB até 2025.
2) Transição climática
Esta dimensão concentra 18% do montante de investimentos previstos e foca os temas do mar, da mobilidade sustentável, da descarbonização da indústria, da bioeconomia, da eficiência energética em edifícios e das energias renováveis.
No âmbito empresarial, pretende-se atingir os seguintes resultados:
– Apoiar a aquisição de frotas de transportes limpos e respetivos postos de carregamento/abastecimento;
– Contribuir para a redução das emissões de CO2 em 55% até 2030.
3) Transição digital
Esta dimensão concentra 15% do montante de investimentos previstos no âmbito do PRR nacional e é complementada pela dimensão Resiliência.
No âmbito empresarial, pretende-se atingir os seguintes resultados:
– Promover a transição digital das empresas, requalificando 36.000 trabalhadores, apoiando mais de 530.000 PME através de consultoria e outros apoios de natureza financeira;
– Estimular o empreendedorismo de base digital, através do apoio a startups, incubadoras e do reforço da Startup Portugal;
– Promover o desenvolvimento de sistemas avançados de informação, integrando inteligência artificial e a utilização de formas de computação avançada e instalação em Portugal, estimulando a sua utilização pela administração pública e as empresas.
Como pode preparar a sua empresa para o PRR?
O primeiro passo é analisar o seu negócio e desenvolver um plano estratégico de como poderá fazê-lo crescer no decorrer da próxima década, nomeadamente no sentido da:
– Descarbonização;
– Desmaterialização de processos;
– Transição e capacitação digital;
– Investigação e desenvolvimento;
– Inovação.
Para que tenha sucesso na candidatura e esta seja rapidamente aprovada, o seu projeto deverá permitir a análise detalhada do enquadramento na estratégia da empresa promotora, pelo que é fundamental desenvolver um plano de negócios que responda a questões como: É competitiva? Quais são os seus pontos fracos e as suas forças? A empresa está preparada para dar este passo?
Estas são apenas algumas das questões a que deverá responder, de forma sustentada, antes de submeter a sua candidatura.
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